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terça-feira, 12 de março de 2013

Estação da Luz passará por mais reformas e restaurações


Luz
Estação da Luz passará por obras que estavam previstas num termo de ajustamento de conduta com o Ministério Público, mas que ainda não foram realizadas. Objetivo é preservar o patrimônio histórico e cultural que representa a estação.
CPTM assina novo acordo com MPF para ampliação da restauração da Estação da Luz
Parte das obras previstas no TAC assinado em 2007 não foi realizada; entre as obras está a pintura externa da Estação e do Museu da Língua Portuguesa
O Ministério Público Federal em São Paulo e a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) assinaram um aditivo ao Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado em 2007 para garantir o cumprimento integral das cláusulas referentes a restauração e modernização da Estação da Luz, bem como para ampliar a restauração do conjunto de edifícios. Diversas obras deverão ser realizadas nos próximos meses, entre elas a pintura externa da Estação da Luz e do Museu da Língua Portuguesa.
Todo o conjunto arquitetônico da Estação da Luz, localizado no centro histórico da cidade de São Paulo, é tombado pelos órgãos de defesa do patrimônio histórico nacional, estadual e municipal (Iphan, Condephaat e Conpresp, respectivamente).
A restauração da Estação da Luz foi concluída em 2005, mas alguns serviços foram mal executados, e vistorias realizadas por técnicos dos órgãos de defesa do patrimônio histórico nacional concluíram que eles precisariam ser refeitos. O MPF, que acompanhou o processo de reforma desde 2003, celebrou um TAC com a CPTM em 2007, para que todos os erros da reforma fossem corrigidos. Passados quatro anos, alguns prazos estabelecidos no acordo não foram cumpridos pela CPTM, o que resultou na assinatura de um aditivo ao TAC, pelo qual a CPTM compromete-se a ampliar a restauração do conjunto de edifícios da Estação da Luz.
Prédio Histórico – A Estação da Luz foi construída entre 1895 e 1901 para escoar a produção de café para o porto de Santos. Os materiais para sua construção foram totalmente trazidos da Inglaterra e a estação foi apenas montada em São Paulo. Seu projeto é atribuído ao engenheiro inglês Henry Driver e ela é similar à Flinders Street Station, na cidade de Melbourne, Austrália. A estação é uma referência da cidade e simboliza a riqueza gerada pelo café, além de ser um dos mais importantes monumentos arquitetônicos de São Paulo.
Aditivo – O novo acordo prevê a realização de diversas obras, entre elas a pintura externa do prédio, que deverá ser concluída em 18 meses a partir da contratação da empresa especializada. Também será realizada, no prazo de 12 meses, pintura interna dos elementos metálicos, ferragens e forro do prédio.
A CPTM comprometeu-se a executar o Projeto de Iluminação, Sinalização, Sonorização e Mobiliário, tal como aprovado pelos órgãos de preservação. A partir da contratação da empresa responsável, os serviços deverão ser concluídos em 12 meses.
O acordo prevê, ainda, a instalação de filtro ligado ao grupo gerador diesel da Plataforma 4, a restauração da caixa d’água desativada e a implementação de novas instalações hidráulicas.
Também foi estabelecido um cronograma para a realização de estudos técnicos e contratação de projetos básico e executivo para a realização de duas importantes reformas. Uma delas é a adaptação e reforma do prédio do Centro de Controle Operacional da CPTM, que hoje representa uma interferência no conjunto arquitetônico da Estação da Luz. A outra é a restauração da fachada e telhado do prédio administrativo contíguo ao viaduto General Couto de Magalhães.
O termo aditivo ao TAC foi assinado pela procuradora da República Adriana da Silva Fernandes; pelo diretor presidente da CPTM, Mário Bandeira; pelo diretor de Engenharia e Obras, José Augusto Rodrigues Bissacot; e pelo diretor de Planejamento, Silvestre Eduardo Rocha Ribeiro.

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