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terça-feira, 12 de março de 2013

Ajuda do Estado em tarifas de Curitiba pode acabar na Justiça


ônibus biarticulado
Ônibus de Curitiba. Impasse entre governo do estado e prefeitura quanto às tarifas fica ainda maior. Fruet disse que vai tentar judicialmente que o estado ajude no custeio de integrações com ônibus intermunicipais.
Prefeito de Curitiba disse que Estado tem de ajudar a manter integração dos ônibus metropolitanos
Já o Governador rebate e disse que nunca na história o Estado precisou interferir em subsídios
ADAMO BAZANI – CBN
O prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet, afirmou que a tarifa de ônibus na cidade e nos municípios vizinhos que formam a RIT – Rede Integrada de Transporte – não deve sofrer aumentos por causa do fim do pagamento dos subsídios do governo do estado para o sistema. As tarifas vão ser reajustadas apenas por conta dos aumentos de custos de operação dos transportes, como variações salariais, preço do diesel, dos pneus, peças, lubrificantes, aquisição de ônibus novos, etc.
A polêmica em torno das tarifas de Curitiba vem desde o ano passado. Agora, o governador Beto Richa declarou que não vai renovar os subsídios que ajudavam manter a tarifa para o passageiro abaixo da tarifa técnica, que representa os reais custos por usuários, e também garantiam parte das integrações entre os ônibus municipais de Curitiba e os intermunicipais da região metropolitana.
Fruet disse que com ou sem subsídio vai encontrar mecanismos, mesmo que via Justiça, para que o Estado garanta as integrações que não beneficiam somente a capital, mas moradores de várias cidades.
“Se não houver a renovação do convênio é evidente que, juridicamente, a responsabilidade é transferida para o estado, e nós vamos ajudar a encontrar fonte de financiamento. Agora, o que não é justo e, deixar bem claro, eu não vou transferir todo o subsídio que o governador está tirando para o bolso do trabalhador de Curitiba. Eles querem um aumento para R$ 3,10. A resposta é não”, afirmou Fruet ao site G1.
O convênio entre estado e prefeitura foi assinado no ano passado e tinha como prazo final maio deste ano, mas não deve ser renovado por Beto Richa.
Richa disse que a responsabilidade pela tarifa é do município, não sendo obrigação do Estado. Ele ainda complementou alegando que nunca o sistema precisou de subsídio, só agora nas gestões de Luciano Ducci e Gustavo Fruet. Richa disseque acredita que o sistema pode sim se manter, mesmo sem os subsídio, mas que o fim das integrações entre capital e grande Curitiba o preocupa.
“Seria inusitado na história do transporte coletivo de Curitiba e Região Metropolitana. Vários prefeitos passaram pela prefeitura, nenhum prefeito até hoje, com exceção do Luciano Ducci e do próprio Gustavo, tiveram qualquer auxílio, qualquer subsídio para contribuir na passagem de ônibus. E nisso eu incluo eu próprio” – comentou ao G1 também
Vereadores de Curitiba querem que a prefeitura corte o ISS – Imposto sobre Serviços dos serviços de transportes e corte pela metade o valor repassado pela Urbs – Urbanização de Curitiba S.A.
Segundo os parlamentares locais, estas medidas poderiam reduzir em R$ 0,32 o valor de cada passagem.
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes

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