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quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Marcopolo tem lucro 37% maior no 4o trimestre de 2011


A fabricante de carrocerias de ônibus Marcopolo informou nesta terça-feira que encerrou o quarto trimestre de 2011 com lucro líquido de 113 milhões de reais, crescimento de 37 por cento sobre o resultado obtido um ano antes.
A geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) somou 141 milhões de reais, avanço de 43,7 por cento na mesma comparação. A margem no período passou de 11,6 para 14,9 por cento.
A Marcopolo teve receita operacional líquida de 948,7 milhões de reais no quarto trimestre, avanço de 12,4 por cento sobre o mesmo período do ano anterior.
A companhia manteve as previsões para 2012, com investimentos programados de 140 milhões de reais, receita líquida consolidada projetada de 3,6 bilhões de reais e meta de produzir 32,5 mil ônibus no Brasil e no exterior.
Em 2011, a empresa investiu 74,7 milhões de reais em bens de capital e teve receita de 3,37 bilhões de reais. A produção de ônibus somou 31.526 unidades, das quais 67 por cento no Brasil.
A Marcopolo teve lucro líquido de 344 milhões de reais no acumulado de 2011, alta de 16,3 por cento sobre o ano anterior, segundo a companhia.
Já a receita operacional líquida somou 3,368 bilhões de reais no ano passado, avanço de 13,6 por cento frente a 2010.

Novo modelo de ônibus começa a circular em Londres


O mais novo modelo de ônibus londrino começou a circular nesta segunda-feira. Assim como outros veículos em atividade, ele é vermelho e tem dois andares. Seu design, porém, pretende evocar o do antigo Routemaster, que foi retirado de serviço em 2005 — e que atualmente é usado apenas em city tours.
O primeiro veículo foi colocado à disposição na linha entre a estação Victoria e o bairro de Hackney. Outros sete devem iniciar a operação nos próximos meses.
Chamado de “Boris Bus”, devido ao engajamento do prefeito, Boris Johnson, em sua implementação, o modelo resgata uma das principais características do Routemaster: a porta traseira aberta, que permite a entrada e a saída de passageiros em qualquer ponto do trajeto.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Volare Anjo Azul – Novo conceito de atendimento ao cliente


A Volare, uma das principais fabricantes nacionais de miniônibus, lança o produto Anjo Azul, veículo oficina móvel, que inova na forma de relacionamento e de atendimento ao cliente por meio da sua rede de representantes. O objetivo é proporcionar socorro mecânico ágil, independente, versátil e diferenciado, para cobertura da maioria das solicitações.
Segundo Mateus Ritzel, gerente de vendas da Volare, com o pronto atendimento o frotista poderá economizar tempo e resolver grande parte de ocorrências sem a necessidade de se deslocar a uma oficina. Com o Anjo Azul, os clientes receberão suporte in-loco de técnicos credenciados, treinados e qualificados pela fabricante para atendê-los, mesmo em lugares de difícil acesso.
“O Anjo Azul também será uma ótima oportunidade de negócio para a rede de representantes Volare”, explica Ritzel. O veículo oficina móvel é equipado com conjunto completo de ferramentas (prensa hidráulica, torno, lavadora de peças, furadeira de bancada, esmeril, bancadas mecânicas com tomadas para fonte de energia e gavetas para organização de ferramental), compressor de ar e gerador de energia, com redes pneumática e elétrica autônomas. O seu interior é dividido em dois ambientes – mecânico e eletrônico – com duas bancadas diferenciadas para serviços elétricos e eletrônicos, além de sistema para injeções eletrônicas.
Com o mesmo conceito que o Anjo Azul, a Volare também desenvolveu o produto Anjo Branco, veículo oficina móvel com venda focada em clientes finais (e não para os representantes da marca), prestadores de serviços em diferentes segmentos de atuação, como aeroportos/aeronaves/translado; manutenção de ônibus de linha; caminhões/máquinas de plantio/colheita/corte/tratores/caldeiras utilizados em usinas de cana-de-açúcar, construção de estradas, setor transporte de cargas, cooperativas de táxi e mineração, entre outros. O Volare Anjo Branco pode ter configuração personalizada, de acordo com as aplicações e necessidades do cliente.

Câmbio automatizado PowerShift dos caminhões Axor da Mercedes-Benz otimiza o consumo de combustível


Uma das principais novidades da linha 2012 de caminhões pesados Axor da Mercedes-Benz é a introdução do PowerShift, câmbio totalmente automatizado, sem pedal de embreagem. Este sistema de avançada tecnologia, já consagrado nos extrapesados Actros, passou a ser item de série nos modelos Axor rodoviários equipados com motor acima de 330 cv.
“A grande vantagem do sistema automatizado de troca de marchas é a otimização do consumo de combustível. Além disso, o PowerShift tem potencial para minimizar as diferenças de condução entre os motoristas de uma frota, aproximando os menos experientes aos melhores, fazendo com que a média de consumo da frota melhore significativamente”, afirma Joerg Radtke, gerente de Marketing de Produto Caminhões da Mercedes-Benz do Brasil. “Isso resulta em menor custo operacional, assegurando mais rentabilidade para os nossos clientes”.
Os ganhos econômicos proporcionados pelo PowerShift são ainda maiores. Sem anéis de sincronização, as engrenagens são mais largas e robustas, demandando um menor custo de manutenção. Aliado à redução de peso, isso também otimiza o custo operacional.
Conforto superior para o motorista
Além de propiciar uma condução econômica, o PowerShift aumenta acentuadamente o conforto de dirigibilidade, ao realizar os engates de forma precisa, rápida e suave. Sem o pedal de embreagem, o sistema elimina esforços, com menor fadiga do motorista, que pode ficar mais atento a outros itens de desempenho e segurança da condução do caminhão.
O motorista conta ainda com fácil visualização no painel de instrumentos de qual marcha está engatada. A qualquer momento, ele pode assumir a operação, ou seja, selecionar o engate de marcha desejado por meio da alavanca de seleção semelhante a um “joystick”, iniciando a sua própria condução, se assim desejar.
O sistema é totalmente protegido, a fim de evitar qualquer tipo indevido de condução, como, por exemplo, um sobregiro do motor.

Sistema de automatização de um câmbio mecânico convencional
O PowerShift é um sistema de automatização de engate de marchas, incorporado em um câmbio mecânico convencional. Pode ser operado no modo automático, que é mais econômico, ou manual, dependendo da necessidade do condutor do caminhão. A manopla está localizada num console rebatível junto ao apoio de braço do banco do motorista.
O sistema PowerShift atua de forma eletropneumática sobre a trambulação, não havendo ligação mecânica entre o seletor de marchas e o câmbio. Os engates são selecionados eletronicamente visando a melhor condição de marcha para a situação de condução. A marcha escolhida é engrenada eletropneumaticamente, sem pedal de embreagem.
ComfortShift para modelos fora-de-estrada
Para os modelos Axor fora-de-estrada com motor OM 457 LA está disponível o já conhecido câmbio semi-automatizado ComfortShift. Por meio de um “joystick”, a marcha é pré-selecionada pelo motorista e esta marcha é eletronicamente engrenada assim que ele pressiona o pedal da embreagem.
Actros: câmbio automatizado com sensor de inclinação
Com a linha Actros 2012, a Mercedes-Benz lançou no País o PowerShift da segunda geração, novo gerenciamento do câmbio automatizado G-330 de 12 marchas sem pedal de embreagem. Além de tornar a seleção de marchas mais precisa e os engates mais rápidos, o novo câmbio vem equipado com sensor de inclinação da via, que auxilia o sistema a escolher a marcha mais adequada de condução do caminhão de acordo com o relevo da pista.
A transmissão G-330 de 12 marchas totalmente automatizada, sem pedal de embreagem, é item de série nos caminhões rodoviários Actros 2646 6×4 e Actros 2546 6×2 e também no fora-de-estrada Actros 4844 K 8×4, que possui um software especialmente desenvolvido para o trabalho em canteiros de obras e na mineração.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Audi A8 e International LoneStar: diferentes, mas com algo em comum


Eles têm muito em comum: são imponentes, confortáveis, ágeis e muito bem equipados. Mais que isso, trazem tecnologias inovadoras. As coincidências param por aí, pois nas ruas não é difícil distingui-los. O sedã grande topo de linha Audi A8 fica pequeno ao lado do LoneStar, o caminhão da International apresentado no País no fim de 2011.
Colocamos os modelos lado a lado para mostrar os avanços da indústria automobilística, aplicados a modelos com propostas tão distintas quanto um veículo comercial e um carro de alto luxo. O LoneStar não está à venda no Brasil. A Internacional estima que aqui seu preço seria de R$ 600 mil – nos Estados Unidos são US$ 120 mil. O A8 é um pouco mais “em conta”: R$ 536.700.
Detalhes do Lonestar
Imensa cabine do caminhão tem compartimento com sofá que vira uma cama do tipo “viúva”. Há até uma cozinha improvisada, com micro-ondas e refrigerador.
Cheio de mostradores, o painel parece mais o de um avião. Modelo é equipado com motor seis-em-linha a diesel, de 15 litros, que gera absurdos 256 mkgf de torque. Câmbio manual tem 18 marchas.
Mas vamos aos destaques desses veículos. O LoneStar traz suspensão a ar no eixo dianteiro, o que evita oscilação vertical, ar-condicionado noturno, que funciona durante nove horas, em média, tanto no quente quanto no frio; e sensor de mudança de faixa, para evitar acidentes se o motorista perder a atenção.
É mais alto que uma casa térrea. A área externa da sua cabine possui 4,10 metros de altura e 5 metros de comprimento. Já o dormitório, espaço fundamental nesse tipo de veículo, tem 2,6 metros de pé direito e contempla uma cama de solteiro, do tipo viúva.
Detalhes do A8
Luxuoso, sedã traz muito conforto para quem vai atrás. São quase 3 metros de entre-eixos, o que deixa as pernas dos passageiros muito confortáveis. Há ainda entradas para fones de ouvido e ajustes individuais para a temperatura.
Volante é multifuncional, assim como a tela central de 7 polegadas, que projeta informações sobre os muitos sistemas eletrônicos do A8. Carro traz motor V8 de 420 cv de potência.
O sedã traz a segurança em destaque. Em combinação com o controle eletrônico de estabilidade (ESP) há sensores que preparam o carro para uma colisão, se perceberem que esta pode acontecer. Fecha as janelas laterais e o teto solar e tensiona os cintos de segurança.
O Audi Side Assist avisa por meio de um LED amarelo piscante no retrovisor externo se há veículos se aproximando lateralmente.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Governo corta R$ 1,9 bilhão do orçamento de transporte em 2012


O governo federal cortou R$ 1,9 bilhão no Orçamento da União previsto para o Ministério dos Transportes – um dos principais responsáveis pelas obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) – em 2012. Dos R$ 19 bilhões previstos pela Lei Orçamentária Anual (LOA), aprovada pelo Congresso Nacional, o montante diminuiu para R$ 17,1 bilhões.
De acordo com o Ministério dos Transportes, o detalhamento de como os cortes serão realizados na pasta, e quais projetos serão afetados, deve acontecer após a edição de um decreto pelo governo federal, previsto para a próxima semana. A única garantia, segundo o governo, é a de que os recursos previstos para o PAC serão mantidos.
O anúncio da medida foi feito pelos ministros da Fazenda, Guido Mantega, e do Planejamento, Miriam Belchior, na última quarta-feira (15). Após análise da projeção de despesas e receitas até o fim do ano, o governo bloqueou, no total, R$ 55 bilhões do Orçamento. O valor é 10% maior que o corte anunciado no início de 2011, R$ 50 bilhões.
Segundo os ministros, a estimativa é que a receita líquida primária total apresente redução de R$ 29,5 bilhões na arrecadação, em relação à previsão inicial – R$ 24,6 bilhões nas receitas administradas pela Receita Federal e R$ 4,8 bilhões na Contribuição para o Regime Geral da Previdência Social (RGPS). As estimativas de arrecadação de quase todos os tributos também foram reduzidas.
Sobre a redução dos gastos, o governo avalia que será possível reduzir R$ 20,5 bilhões das despesas obrigatórias – principalmente com o pagamento de subsídios, benefícios previdenciários e complementação do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) – e R$ 35 bilhões das despesas discricionárias.
Além do setor de transporte, incluído nos gastos discricionários, também sofreram cortes outras pastas importantes como Saúde (R$ 5,5 bilhões), Educação (R$ 1,9 bilhão), Cidades (R$ 3,3 bilhões), Defesa (R$ 3,3 bilhões), Integração Nacional (R$ 2,1 bilhões), Agricultura, Pecuária e Abastecimento (R$ 1,9 bilhão) e Ciência e Tecnologia (1,5 bilhão).
Otimismo
Com essa economia, os ministros adiantaram que a taxa anual de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) projetada para 2012 é de 4,5%. Eles garantiram que, além do PAC, os investimentos no Minha Casa, Minha Vida e nos principais programas sociais serão integralmente preservados.

Brasil está atrasado em controle ambiental no setor de autos


O caminhão, que sempre foi visto como o vilão na emissão de gases que provocam o efeito estufa, agora quer mudar sua imagem. O objetivo é trazer a sustentabilidade também para o dia a dia dos veículos pesados, mesmo com atraso em relação aos outros países como a Europa, por exemplo, que já caminha para a legislação Euro 6. O Brasil implementou, em janeiro deste ano, o Proconve 7, equivalente ao Euro 5. O sistema só consegue rodar com um combustível dez vezes mais limpo que o atual, o diesel com teor máximo de enxofre de 50 ppm (partes por milhão).
Para atender às novas normas, os fabricantes têm investido altas cifras em ações ambientais para diminuir os impactos que seus produtos provocam no meio ambiente e mudar de vez esse rótulo.
A sueca Volvo entrou na busca para evitar o desperdício, utilizar constantemente energias renováveis e devolver água tratada ao meio-ambiente. “Há muitos anos, a companhia tem apresentado uma forte preocupação com o meio-ambiente. Todos os nossos trabalhos visam melhorias nesse segmento”, falou o gerente de vendas da Volvo do Brasil, Álvaro Menoncin.
Além dessas atitudes, consideradas básicas por especialistas, outras ações ainda precisam ser praticadas pelas montadoras. “Trocamos vários processos de produção como a solda, por exemplo, bastante agressiva ao meio-ambiente, para diminuir a emissão de gases do efeito estufa”, garante Menoncin.
De acordo com o gerente de comunicação de veículos comerciais da Mercedes-Benz, Valter Oliveira, os processos produtivos da empresa são constantemente reavaliados. “A nossa produção está mais limpa e conta com a reciclagem dos materiais”, afirma.
Produtos verdes
A adequação à sustentabilidade passa por outra exigência, que é a fabricação de produtos que agridam menos o meio-ambiente, como é o caso do motor Euro 5. “A Volvo só adaptou ao País uma tecnologia que já usava há alguns anos na Europa”, afirma Menoncin. Ele destaca que, no velho mundo, a Volvo já vendeu cerca de 250 mil veículos com essa tecnologia, que deve ser ainda mais rigorosa para os próximos anos por exigência das legislações locais de cada país.
Já a mais recente aposta da Mercedes é o chamado diesel de cana, extraído da matéria-prima do açúcar. “Somos a primeira empresa a pesquisar esse tipo específico de combustível alternativo”, afirma o gerente senior de desenvolvimento de motores do Grupo Daimler, Gilberto Leal. Ele explica que, desde a plantação da cana de açúcar até o combustível no tanque, esse diesel reduz em até 92% a emissão de CO2 comparado ao comum. “Frotas de ônibus de São Paulo e do Rio de Janeiro já estão sendo testadas com o diesel da cana, com resultados animadores”, diz.
O cenário mundial revela que o cerco está se fechando, cada vez mais, contra a indústria, considerada um dos grandes “vilões” da sustentabilidade. Mais do que preocupação, as empresas precisam mostrar resultados satisfatórios tanto para acionistas como para autoridades ambientais.

Volare Escolarbus 4×4 estreia na Festa da Uva

Primeiro miniônibus do Brasil com tração 4X4 e recém-lançado no mercado, o Volare Escolarbus 4X4 faz sua estreia na Festa da Uva 2012. O modelo começou a ser entregue em janeiro a municípios de todo o Brasil para o transporte de estudantes na zona rural, sobretudo em locais de difícil acesso onde os veículos convencionais não conseguem trafegar.
Somente no Rio Grande do Sul são 17 cidades que vão utilizar o miniônibus para o transporte de estudantes com o começo do ano letivo – Agudo, Arroio do Tigre, Caiçara, Candelária, Caraá, Crissiumal, Cristal, Fontoura Xavier, Iraí, Novo Cabrais, Paraíso do Sul, Passa Sete, Pinhal Grande, Pinheirinho do Vale, Santa Vitória do Palmar, São Lourenço do Sul e Tenente Portela.
Segundo Milton Susin, diretor executivo da Volare, foram produzidas 350 unidades, todas já comercializadas, o que demonstra o sucesso do inédito modelo. “Não existia no mercado um miniônibus com tração nas quatro rodas que permitisse trafegar em locais até mesmo sem vias de acesso. E, em muitos municípios do Brasil, e até no Rio Grande do Sul, os jovens em idade escolar tinham dificuldade de frequentar a escola. O desenvolvimento do Volare Escolarbus 4X4 possibilitou ampliar a abrangência e a atuação do Programa Caminho da Escola”, explica o executivo.
O Volare Escolarbus 4X4 conta com um conjunto powertrain totalmente diferente dos modelos convencionais, que possuem tração apenas nas rodas traseiras. O modelo recebeu novo eixo dianteiro tracionado e sistema de transmissão com a opção de utilização 4X2 (somente tração nas rodas traseiras), 4X4 (tração nas rodas dianteiras e traseiras) e 4X4 com reduzida.
O desenvolvimento, em tempo recorde, do novo Escolarbus 4X4 contou com a parceria da Agrale. O sistema de tração é muito robusto e permite trafegar por locais de difícil acesso ou sem pavimentação, com segurança e tranquilidade. “O Escolarbus 4X4 demonstra, mais uma vez, a capacidade e versatilidade da Volare no desenvolvimento e concepção de projetos inovadores. Precisamos de pouco tempo, entre a publicação da licitação, no meio do ano, e a produção das primeiras unidades”, salienta Susin.

Governo propõe licitações de 10 anos para manutenção de rodovias federais

Depois de privatizar três dos principais aeroportos do País, o governo Dilma Rousseff quer agora firmar concessões de longo prazo com a iniciativa privada para a manutenção de estradas federais. Até o fim deste ano, o Ministério dos Transportes pretende concluir as primeiras licitações para a administração de trechos da malha rodoviária, no formato de parcerias público-privadas (PPPs), por períodos mínimos de dez anos. A promessa é reduzir os custos e melhorar a eficiência dos serviços, atualmente precários e mal fiscalizados.
O projeto está sendo tocado pela nova cúpula do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), com o aval do ministro Paulo Sérgio Passos (Transportes) e do Planalto. A Empresa Brasileira de Projetos (EBP), ligada ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), fará a modelagem econômica das PPPs, definindo a extensão dos trechos a conceder, os prazos e o montante de investimentos necessário.
Pelo modelo proposto, o governo fará o levantamento da situação de cada estrada e do montante a ser aplicado para mantê-la em boas condições no período fixado para a parceria. A partir disso, abrirá licitação. Vencerá a concorrência a empresa que oferecer o maior desconto sobre o valor apresentado.
O Dnit descarta a cobrança de pedágio. Um dos motivos é que a maioria das estradas brasileiras não tem movimento suficiente para que a manutenção seja custeada pelo pagamento de tarifas. Além do mais, os corredores de maior fluxo, como as BRs 381, 040 e 101, já foram ou estão em processo de concessão.
Exemplos. O Dnit se diz inspirado por países como Portugal, Inglaterra, Noruega e França. “Lá, os custos dos serviços caíram de 15% a 40%”, sustenta o diretor executivo do órgão, Tarcísio Gomes de Freitas. No País, a única experiência semelhante foi implantada em Minas Gerais, na estrada que liga a Grande Belo Horizonte à divisa com São Paulo. Por lá, contudo, o governo paga apenas uma parte do pacote de serviços. O restante é bancado pelos pedágios.
A ideia do governo é que o novo sistema seja implantado inicialmente em BRs como 364 (RO), 153 (PR) e 242, que liga a Bahia ao Mato Grosso. É uma alternativa ante ao fracasso dos programas tradicionais de manutenção.
Ele explica que a principal vantagem do novo sistema é que o governo não pagará mais por serviço executado. Na teoria, isso acaba com a velha tática das empreiteiras de fazer obras de má qualidade para, em curto prazo, executá-las novamente, recebendo em dobro. A remuneração será pelo desempenho. A empresa terá que manter o trecho sempre nas condições acordadas.
Além disso, será possível concentrar tarefas e responsabilidades. Hoje, num mesmo trecho, várias empresas atuam em serviços de manutenção. Em caso de falhas, é comum um empreiteiro empurrar a culpa para outro.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Volvo pode trazer novas marcas para o setor de caminhões


A Volvo pode acirrar ainda mais a competição no setor de caminhões do Brasil, hoje dominado pela Mercedes-Benz, pela Volkswagen e pela Scania. Dependendo do cenário, a nova estrutura de organização da companhia no mundo pode ser trazida ao País. A informação foi dada quinta (16) pelo presidente da Volvo para América Latina, Roger Alm. Segundo o executivo, caso o desempenho das marcas subsidiárias da montadora – Renault Truck, Mack e UD Trucks – seja satisfatório, a empresa pode considerar a entrada destes selos, no Brasil.
“No curto prazo, nada vai mudar no mercado brasileiro. No entanto, se acharmos que vale a pena, podemos trazer essas marcas para o País”, afirmou Alm. E, por enquanto, os resultados da Volvo no Brasil estão agradando aos dirigentes da matriz da montadora sueca. Em 2011, foram comercializados 25,2 mil caminhões na América Latina, dos quais 19 mil só no mercado brasileiro. “Tivemos um ano fantástico em 2011. A empresa se tornou líder no segmento pesado no País”, frisa Alm. Com esse desempenho, o market share interno de caminhões Volvo ficou em 17,1%.
O ano passado também significou recorde para a montadora no segmento de ônibus. “Pela primeira vez, em mais de 30 anos no Brasil, o mercado brasileiro se tornou o número um da marca nesse nicho”, afirma o presidente da Volvo Bus para América Latina, Luis Pimenta. No ano passado, foram comercializados 3,6 mil ônibus na região, aumento de 153% em relação a 2010. Deste total, cerca de 2 mil foram vendidos só no Brasil. “Continuamos como líderes no segmento BRT [sigla em inglês de Transporte Rápido por Ônibus], uma vez que dos quatro grandes negócios fechados nos estados brasileiros, em 2011, três são da Volvo”, diz.
No ano passado, o Banco Volvo financiou R$ 1,8 bilhão para a venda de caminhões da marca, cifra que representa 31% da comercialização de pesados da montadora, no País. “O Brasil representa 17% da nossa carteira de ativos”, diz o presidente da instituição, Márcio Pedroso. Ele ressalta que a atuação do banco tem crescido 15% ao ano.
Perspectivas
Para os executivos da Volvo, 2012 deve apresentar números um pouco abaixo dos registrados no ano passado, uma vez que 2011 foi marcado pelo efeito pre-buy da nova lei de emissões Euro 5. “Se mantivermos o patamar de 2010, já será um resultado satisfatório”, diz.
Segundo o gerente de planejamento estratégico da Volvo do Brasil, Sérgio Gomes, o aumento do preço dos caminhões Euro 5 não chegou a atingir 15%, como esperado pelas montadoras. “Certamente a indústria está assumindo esse custo, até porque ainda está sendo comercializado o Euro 3″, ressalta.

EUA: caminhão com 1.000 cv é tão rápido quanto um BMW Série 1 M



Nos EUA, o dono de um Kenworth T800 com caçamba viu que não poderia ter um Veyron na garagem, mas mesmo assim quis ter algo com 1.000 cv para poder acelerar forte. Então, com modificações importantes no motor diesel, seu T800 ficou tão assustador quanto o ciborgue do filme Exterminador do Futuro.
Além disso, ele pode rivalizar até com um BMW Série 1M. No cronômetro, o BMW percorreu 1/4 de milha [400 metros] em 13,9 segundos. O T800 com 1.000 cv fez isso em 14 segundos! De uma olhada no 
Exterminador do Presente no vídeo abaixo:


sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Visate adquire o primeiro Marcopolo Viale BRT, o ônibus urbano mais avançado produzido no Brasil


A cidade de Caxias do Sul será a primeira do Brasil a receber o novo ônibus Viale BRT produzido pela Marcopolo. A Visate, Viação Santa Tereza, adquiriu o moderno ônibus que começará a operar no dia 17 de fevereiro, na rota entre a Rua Visconde de Pelotas, no centro da cidade, e os Pavilhões da Festa da Uva.
“Buscando a satisfação de seu usuário, a Visate incorpora à frota do transporte coletivo um ônibus de última geração, tecnologicamente avançado, com design arrojado, conforto e capacidade de transporte elevado”, afirma Fernando Ribeiro, diretor superintendente da empresa.
Segundo Paulo Corso, diretor de operações comerciais para o mercado brasileiro da Marcopolo, é muito importante para a companhia e para a cidade, a Visate ter sido a primeira empresa a adquirir e utilizar em suas linhas o Viale BRT. “A iniciativa permitirá que o usuário e, principalmente, os visitantes da Festa da Uva, sejam transportados com mais conforto, segurança, rapidez e em um dos melhores veículos urbanos já fabricados no país”, salienta Corso.
O Marcopolo Viale BRT articulado foi desenvolvido para aplicação nos avançados sistemas de transporte coletivo em grandes centros urbanos, e consumiu dois anos de pesquisas e desenvolvimento. A versão articulada tem até 21 metros de comprimento, capacidade para transportar até 145 passageiros e foi concebida com inéditos conceitos de design, ergonomia, conforto, segurança e eficiência.
Externamente, o Viale BRT tem desenho futurista, inspirado nos mais modernos trens de alta velocidade em operação no mundo. Os vidros laterais colados garantem maior visibilidade e proporcionam uma visão panorâmica aos passageiros.
O veículo tem exclusivos conjuntos óticos dianteiro e traseiro em LEDs, que garantem melhor iluminação e reforçam a identidade da marca. Também é o primeiro ônibus urbano no mercado brasileiro a contar com Daytime Running Light, dispositivo de acendimento automático dos faróis mesmo durante o dia.
Conforto interno
Internamente, o Viale BRT inova nos conceitos de ocupação de espaço e de ergonomia. A maior largura interna, associada à configuração das poltronas, proporciona maior área livre e facilitam a circulação dos passageiros, tornando a viagem mais cômoda e confortável. A altura interna também foi aumentada, permitindo a inclusão de eficientes dutos de ar, alto-falantes e amplo espaço para propaganda nas laterais superiores.
A concepção do Viale BRT é de um veículo robusto e extremamente confiável, imagem conquistada junto às pessoas que o utilizam, produto de excelente relação custo/benefício, atributo reconhecido pelos empresários do setor de transporte urbano de passageiros. Outras características importantes são a redução de custos, sustentabilidade do produto, praticidade e tecnologia embarcada.
Para atingir o objetivo de valorizar a viagem de ônibus, independente do percurso ou duração, e proporcionar ganhos operacionais para os empresários, o Viale BRT pode ser oferecido com GPS, televisão digital, internet sem fio (wireless), câmeras de segurança, computador de bordo, além de sistemas de indicação de parada áudio visual e gerenciamento de frota.
Ideal para o transporte urbano, o Viale possui câmbio automático e sistema de segurança para que o ônibus não se movimente com as portas abertas. O veículo atende todas as exigências dos sistemas de plataformas de embarque existentes no País, com opção de porta com 1.100 mm de vão livre na frente do rodado dianteiro e piso elevado, adaptados à acessibilidade.

Trabalho sob pressão


O carreteiro amanhece e anoitece sob pressão, numa rotina desgastante de compromissos profissionais a serem cumpridos, sem falar nos inevitáveis problemas domésticos que precisam ser resolvidos resultando em situações que são potencializadas e acabam se refletindo diretamente no seu bem-estar físico e mental. Essa pressão, geradora de estresse – aliada aos maus hábitos alimentares e falta de exercícios físicos decorrentes da atividade – é prejudicial à saúde, como todos sabem. Porém, as mudanças climáticas que acontecem durante as viagens, de uma região para outra, ou mesmo das estações do ano, também se constituem num risco para a saúde do carreteiro.
De acordo com o médico Allan Pierre Foltz, 36 anos e 12 de medicina de família, é no Verão que pessoas que precisam enfrentar o seu dia a dia em condições estressantes ficam sujeitas a sofrerem distúrbios com mais facilidade. “Um deles é hipohidratação, por isso é importante que motoristas e viajantes em geral prestem muita atenção ao consumo adequado de líquidos, não só água, mas também de sucos e bebidas ricas em sais minerais que auxiliam na fixação da água no organismo”, aconselha. Lembra que o uso constante de ventiladores e ar-condicionado refrescam, mas também acelera o processo de perda de líquido pelo corpo, pois ajuda na evaporação do suor, e essa perda muitas vezes não é notada pela pessoa. “Água, sim, porém somente filtrada ou mineral, ao contrário o risco de contaminação é grande”, adverte o médico.
Destaca, também, a preocupação com alimentos contaminados. “Bares e restaurantes nem sempre têm condições adequadas de higiene, então não se pode descuidar, com atenção especial para alimentos manipulados, fritos e até mesmo assados. O ideal é preferir alimentos frescos ou refrigerados”. Segundo ele, mesmo tomando todos os cuidados, se o viajante contrair alguma patologia intestinal, onde o principal sintoma são as fezes líquidas – deve ser feita a hidratação com sais de reposição oral e, se necessário, procurar auxílio médico. “A grande maioria das síndromes diarréicas são de fácil tratamento, mas se houver sangramento ou febre, um médico deve ser consultado com urgência”, explica. E lembra que, como nesta época do ano a incidência solar é maior, deve ser redobrado os cuidados de proteção da pele, com a utilização de protetor solar em todas as partes do corpo expostas a luz, mesmo que não estejam diretamente ao sol, como mãos, rosto, orelhas e principalmente o pescoço. Lembra que a ação do protetor é de aproximadamente quatro horas e, se houver muita sudorese, esse período encurta para duas horas. Acrescenta que o Fator de Proteção Solar (FPS) deve ser de no mínimo 30, dependendo da cor da pele, e para os mais brancos o ideal é o FPS 60.
Mesmo sem ainda ter consultado um médico, o carreteiro Valdir Ruiz Diniz disse que não estava bem de saúde. Natural de Maringá/PR, 30 anos de idade, seis de volante, e dirigindo um caminhão tanque 2008 no transporte internacional, ele confessou na ocasião que só esperava chegar à sua casa para fazer um check-up médico. Contou que sentia tonturas frequentes, atribuindo o problema à pressão. Já foi obrigado a parar o caminhão com medo de sofrer um acidente. Lembra que apesar de ser novo, sofre muito com qualquer mudança de temperatura. No Inverno por causa da bronquite, precisa fazer inalações. E no Verão sofre com diarréias constantes, que combate com água e limão ou água e maizena. Afirma que cuida da alimentação, come bastante frutas e só toma água mineral. Concorda que tem andado muito estressado com o trabalho e com problemas familiares, pois se separou da mulher há pouco e tem filhos. Além disso, “as longas esperas nas aduanas e a falta de respeito desse povo com o motorista de caminhão vão deixando a gente nervosa”, afirma.
Adriano Lopes Pereira, 38 anos e oito de profissão, natural de Itaqui/RS, cuida da saúde, evitando se expor aos extremos de temperaturas no Inverno ou Verão. Previne-se com vacinas antigripais, tem os lugares certos para a alimentação, só toma água mineral. Diz que pelo menos uma vez ao mês verifica a pressão arterial e faz um exame médico completo a cada ano. O último check-up foi há seis meses e há quatro está usando óculos porque sentia muitas dores de cabeça. O oftalmologista receitou um tipo de lente especial que resolveu o problema. Agora está tudo bem, afirma. Garante que é preciso estar atento e não facilitar. “Quem está no trecho não pode adoecer”, afirma.
Sandro Odinei dos Santos Rodrigues, natural de Uruguaiana/RS, tem 27 anos e três de profissão. Trabalha com um caminhão 86 trucado e viaja entre São Paulo e Argentina. Segundo ele, no Inverno se resfria com facilidade. Se cura com remédios comuns e de vez em quando um chá caseiro. No Verão fica sempre doente do estômago e com diarréias frequentes por causa da alimentação e da água, principalmente na Argentina, diz ele. Nem sempre dá para escolher um lugar adequado para as refeições e muitas vezes come um sanduiche ou pastel e volta para a estrada. Sempre que possível leva frutas e água mineral na cabina, mas “nem sempre é possível”, brinca. Já está acostumado com esses inconvenientes, os quais sabe as causas, mas vai levando enquanto der e se curando com remédios caseiros e ” sempre tomando muita água para não ficar desidratado”, conforme afirma.
Glauber Slaviero é natural de Tapejara/RS, tem 35 anos, 15 de volante e trabalha com um caminhão 2003 viajando entre os países do Mercosul e os Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia. Ele afirma que sofre mais nos meses de Verão – a não ser nos rigores do Inverno na travessia dos Andes – quando padece de dores de barriga constantes causadas pela água salobra ou alimentação estragada. Prefere cozinhar, mas nem sempre dá tempo. Então é preciso se contentar com um pastel e uma xícara de café com leite. “Às vezes não dá para escolher um lugar adequado para as refeições e é preciso se contentar com o que aparece”, afirma. Por isso, costuma levar frutas e água mineral na cabina para as emergências. Também se ressente de resfriados frequentes no Verão, quase sempre pelo fato de nos dias de muito calor dirigir sem camisa e com o vidro aberto, fazendo com que o corpo esfrie muito rapidamente com a evaporação do suor, acabando num resfriado. Lembra que anualmente passa por exame médico completo por exigência da empresa e sempre que vê serviços de atendimento nas praças de pedágios, verifica a pressão e faz todos os exames disponíveis. Fuma eventualmente e não bebe. “Afinal, não dá pra brincar com a saúde, garante.
O carreteiro Alexandre Fonseca de Oliveira, 33 anos e oito de direção, natural de Londrina/PR, trabalha no transporte internacional dirigindo um caminhão 2008. Tem boa saúde e dificilmente fica resfriado. Prefere o clima quente, mas já acostumou com o frio de tanto atravessar as Cordilheiras dos Andes. Diz cuidar da alimentação consumindo apenas alimentos saudáveis, frutas, verduras e legumes. “Tomo bastante água e sempre mineral, porque a de torneira, nos postos de combustíveis, é terrível”, comenta. Na Argentina, a situação é pior, segundo diz. Entre os cuidados que Alexandre toma para preservar a saúde, também está incluída a perfeita regulagem do ar quente ou do frio da cabina, conforme as circunstâncias, mas sempre mantendo um equilíbrio com o ar externo ou mantendo o ambiente úmido. Fez um exame médico completo há seis meses e está tudo em ordem. E, como não fuma e não bebe, acredita que se continuar assim, não terá com o que se preocupar por algum tempo. Mas, como nada é perfeito, lembra que há alguns meses comeu num restaurante no Nordeste e ficou mal da barriga. “Alguma coisa estragada”, raciocina.
Igualmente com boa saúde e comendo de tudo, sem preocupações com o Inverno ou Verão, o carreteiro Neivo Antônio Barreta, 43 anos e 18 de profissão, natural de Sananduva/RS, apenas se queixa de dores nas costas. Ele tem hérnia de disco há anos e a solução seria cirúrgica, alternativa descartada por enquanto. Prefere fazer suas próprias refeições, levando alimentos do seu gosto na “caixa cozinha”, mas sem incluir frutas, verduras ou legumes, “que não é muito chegado”. Em compensação toma muita água mineral e muito chimarrão, três ou quatro vezes ao dia, não correndo o risco de ficar desidratado, garante sorrindo. Neivo não tem problemas de saúde, a não ser a dor nas costas, que depois de algumas sessões de massagens de uma comadre, que é massoterapeuta, quase sumiram. Essas massagens foram feitas há quase um ano e ele está se sentindo muito bem. E, quanto à alimentação, garante que come de tudo, sem problemas.